30 janeiro 2010

uma reflexão aleatória..

No meio de tanta bobeira e da 'eterna falta do que falar', achei uma coisa que faz todo o sentido. Alguém disse que só os amores mal resolvidos é que são eternos. E que, neles, tudo seria perfeito justamente porque não são. SERIAM.
De fato, rola uma certa invenção quando se trata do futuro do pretérito. O próprio conceito disso tudo já é algo dúbio: o futuro do que não aconteceu? Se não foi não tem futuro. Nem presente. Simplesmente não existe.
E há a tendência de fantasiar as coisas. E ainda, se se trata de uma pessoa normal, é lógico que ela não vai imaginar os problemas, a parte podre do "se". Logo, tendo em mente só as coisas boas, tem-se somente memórias boas, mesmo que elas não tenham acontecido. E aí, fode mais ainda se o seu amado impossível é o arquétipo de homem ideal. Cria-se a ilusão inabalável de que ele é perfeito e, consequentemente, que o até então amor mal vivido seria intenso e eterno.

Mas no fim, eu me pergunto:
por outro lado, não seria ceticismo acreditar que só pelo fato de um amor ter realmente sido vivido, de maneira completa, seu destino é o fim?

1 Comments:

Blogger Alberto Geraissate said...

Débora, mto bacana esse texto: casual, inteligente, sensível, bem escrito, vai do raso ao profundo e volta de maneira bem agradável.

No mais, hj em dia fico com o ceticismo, deixo o otimismo para aqueles que não têm feridas abertas. Boa sorte, de verdade! =)

10:21 PM  

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